QUALIDADE DE VIDA - SUS terá primeiro medicamento para demência

Remédio é o único com registro autorizado para a doença e para o Parkinson no país

QUALIDADE DE VIDA - SUS terá primeiro medicamento para demência
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) terá o primeiro medicamento para demência associada à doença de Parkinson. O Ministério da Saúde incorporou no SUS o medicamento rivastigmina, considerado o único com registro em bula no país para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência. 

Conforme divulgado pela pasta, o tratamento tem se mostrado eficaz para o controle dos sintomas cognitivos da doença. Cerca de 30% das pessoas que vivem com Parkinson desenvolvem demência por associação e, nesse caso, não havia até o momento tratamento medicamentoso disponível no SUS. 

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, a decisão de incorporação tem foco em melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares. “Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros e essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”, avalia o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.  

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson, os principais objetivos do tratamento são deter a progressão da doença e diminuir os sintomas. A rivastigmina, recentemente incorporada, estará indicada para pacientes com demência associada, mas o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson.