IMUNIZAÇÃO INSUFICIENTE - Secretaria de Estado de Saúde alerta para o baixo índice vacinal

SES-MG intensifica ações para aumentar cobertura, principalmente contra a gripe, covid e dengue

IMUNIZAÇÃO INSUFICIENTE - Secretaria de Estado de Saúde alerta para o baixo índice vacinal
Foto: Rafael Mendes / SES-MG




A Secretaria de Saúde de Minas Gerais tem investido em ações para aumentar os índices de cobertura vacinal e mantém o alerta sobre a importância de manter o cartão de vacinas atualizado.

Conforme dados da Secretaria, desde 2025 o estado registra uma queda significativa dos índices de imunização. Entre os diversos fatores, destacam-se a desinformação, a divulgação de notícias falsas e a dificuldade de conciliar o horário de trabalho com o de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, o Governo de Minas tem atuado mais intensamente por meio da elaboração de políticas públicas, capacitação dos profissionais de saúde e investimento em ações de vacinação extramuros, com vistas a elevar os índices vacinais e proteger a população de doenças imunopreveníveis. Além das campanhas de vacinação através do Programa Vacina Mais, a pasta tem investido em vacimóveis, que foram direcionados para 77 municípios mineiros, com mais de R$ 265 milhões em ações e capacitação.

“Muitas doenças já erradicadas por vacinas anteriormente podem voltar, caso a cobertura vacinal não alcance a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. A população precisa entender que as vacinas disponíveis são eficazes e instrumentos fundamentais para salvar vidas”, reitera o subsecretário.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 48 imunobiológicos, gratuitamente, sendo 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas. Os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação contemplam todas as faixas-etárias e garantem proteção contra doenças que vitimaram milhares de pessoas nas décadas de 1960 e 1970, como a varíola, tuberculose, poliomielite (paralisia infantil), sarampo e rubéola. 

“Estamos no outono, período característico de doenças respiratórias, e algumas campanhas estão em andamento, como a vacinação contra a influenza, que foi prorrogada em alguns municípios, a da covid e a da dengue, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos”, pontua o subsecretário Eduardo Prodoscimi.

Índices baixos

A Secretaria destaca que os índices de vacinação da covid, dengue e influenza estão abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 90%. Apenas 43,93% da população mineira se vacinou contra a gripe, sendo 2.955 deles em Itatiaiuçu, registrando uma cobertura de 51,63% na cidade.

Já a cobertura vacinal contra a covid em todo o estado está em 87,02% para duas doses da vacina monovalente, 55,91% para três doses e 19,34% para quatro doses. A vacina bivalente foi aplicada em 23,34% do público-alvo no estado.

Em Itatiaiuçu, a vacinação da covid teve a seguinte cobertura: 97,19% para as duas doses, 62,72% para as três doses, 22,49% para as 4 doses e 16,89% de cobertura vacinal com a bivalente

Já a cobertura vacinal de proteção contra a dengue, entre crianças de 10 a 14 anos, está em 53,12% para a primeira dose, em relação ao distribuído, e 1,10% para a segunda dose. A cobertura vacinal da primeira dose é de 16,09%, e da segunda dose é de 0,09%. Apenas algumas cidades do estado estão recebendo o imunizante conforme determinação do Ministério da Saúde. Itatiaiuçu não está incluída.

Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e do Painel LocalizaSUS mostram que nenhum imunizante alcançou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde nos anos de 2022 e 2023 em crianças menores de um ano e com um ano de idade. 

Baixa cobertura da HPV

Além dos imunizantes da gripe, covid e dengue, a SES-MG também alerta para a baixa procura pela vacina contra o HPV. Apesar do imunizante ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ser um dos métodos mais eficazes contra o vírus que causa diversos tipos de cânceres, como o câncer de colo do útero, as coberturas vacinais contra esse vírus estão abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Entre 2010 e 2023, o estado registrou 68,96% de cobertura vacinal contra o HPV no público feminino e 41,37% no público masculino. 

Desde abril de 2024, a vacina passou a ser aplicada em uma única dose, em meninos e meninas de 9 a 14 anos; e, em três doses para pessoas de 9 a 45 anos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.