Fiocruz aponta aumento de hospitalizações em Minas Gerais

Pesquisadores ressaltam a importância da vigilância contínua e cuidados por parte da população. Imunização contra a gripe alcançou 60% do público-alvo de Itatiaiuçu

Fiocruz aponta aumento de hospitalizações  em Minas Gerais
Foto: DEMAS/Ministério da Saúde

O Sudeste tem registrado um aumento em hospitalizações por vírus respiratórios. A informação é do Boletim InfoGripe, divulgado na última semana, 18 de julho. De acordo com o relatório, enquanto o Brasil, como um todo, apresenta uma diminuição no número de novas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Sudeste vê um crescimento devido à influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, destacou que, embora alguns estados tenham conseguido interromper o crescimento dos casos de VSR e influenza A, a maioria dos estados do Sudeste continua a ver um aumento nesses vírus respiratórios. 

O boletim aponta que seis estados apresentaram crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, sendo Minas Gerais, Amapá, Espírito Santo, Pará, Roraima e São Paulo. A covid-19, apesar de estar circulando em níveis baixos, continua a ser a segunda maior causa de óbitos por SRAG em idosos nas últimas semanas. 

Os pesquisadores do InfoGripe ressaltaram a importância da vigilância contínua e cuidados por parte da população, especialmente dos idosos, devido à persistência dos vírus respiratórios e da covid-19. Entre os cuidados necessários, prevalece a necessidade de vacinação contra essas doenças.

Imunização na cidade

Em Itatiaiuçu, somente 60,06% do público-alvo aderiu à campanha nacional de vacinação contra a influenza (foto). No total, foram aplicadas 3.636 doses. Considerando todo o município, a imunização alcançou 30,78% da população.

No final de junho, a Secretaria de Saúde de Itatiaiuçu liberou doses de vacina contra a gripe para toda a população. O público-alvo da campanha contempla crianças, idosos, gestantes, pessoas com deficiência, professores e profissionais da saúde, povos indígenas, entre outros.

Em relação à covid-19, conforme dados oficiais do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS), do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da bivalente alcançou apenas 16,89% da população.