DENGUE EM MINAS - Fim da emergência em saúde pública no estado
Cuidados devem ser mantidos, inclusive em Itatiaiuçu, que registrou mais de 2 mil casos positivos
Redação Folha do Povo
Depois de cinco meses da pior epidemia de dengue registrada em todo o Estado, os mineiros recebem uma boa notícia: o fim da situação de emergência em saúde pública provocada por arboviroses.
Em março, o estado chegou a responder por praticamente um em cada três casos prováveis de dengue contabilizados em todo o país e, mesmo com a melhora no cenário epidemiológico, Minas segue em primeiro lugar no ranking de número de ocorrências, com 970.216 casos confirmados e mais de 1 milhão de casos prováveis. O estado também registrou 753 mortes por dengue e outros 735 em investigação para a doença.
Em relação à Chikungunya, o estado registrou mais de 143 mil casos prováveis, 109.953 casos positivos, 83 óbitos e 32 em investigação. Também foram registrados 38 casos positivos de Zika vírus e 275 prováveis.
Até o início de junho, Minas Gerais contabilizava ainda 267 decretos municipais de situação de emergência em saúde pública provocados por arboviroses que, além da dengue, incluem zika, chikungunya e febre amarela, todas causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Itatiaiuçu decretou situação de emergência no final de janeiro, visto que, em apenas um mês, o município havia registrado 251 casos confirmados. O decreto facilitou a compra de testes rápidos e repelentes para a população, além de ações educativas em todo o município.
Nos primeiros meses do ano, a cidade registrou um aumento significativo e acelerado do número de casos confirmados e, até a última atualização da Secretaria de Saúde, havia 2.093 casos confirmados, 2.225 prováveis e 1 óbito em investigação. A cidade registrou 2 casos positivos de Chikungunya e 6 casos prováveis.
Cuidados necessários
Mas o decreto não significa o fim da atenção com a doença e dos cuidados necessários que devem ser seguidos. Alguns cuidados são manter reservatórios ou caixas d’água cobertos com tampas, telas ou capas, impedindo que a proliferação do mosquito Aedes aegypti; evitar água parada em pneus, latas, garrafas vazias ou calhas e outros materiais; e manter a limpeza dos recipientes.
