BEBIDAS ALCOÓLICAS - Consumo excessivo atinge 6 milhões de brasileiros

Em quase todas as faixas etárias, a maior taxa de consumo foi entre 1 e 2 dias por semana; exceto na faixa etária de 25 a 34 anos, em que a resposta mais frequente foi “quase nunca”

BEBIDAS ALCOÓLICAS - Consumo excessivo atinge 6 milhões de brasileiros

Conforme levantamento inédito, a taxa da população adulta que abusa de álcool no país atingiu a marca de 4%, que corresponde a 6 milhões de pessoas. Os dados foram coletados a partir de um inquérito nacional, o Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), junto com um teste da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Conforme definição da OMS, o consumo abusivo é a ingestão de mais de sete doses de álcool por semana por mulheres e mais de 14 por homens. A dose padrão é 10g de etanol puro e, no país, uma dose equivale a 14g de álcool puro (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de álcool).

De acordo com dados globais, cerca de 40% da população com mais de 15 anos consome bebidas alcoólicas, cerca de 2 bilhões de pessoas. A OMS aponta que o consumo abusivo é responsável por aumento de doenças crônicas, incidência de tipos de câncer, como de fígado e boca, e também acidentes de trânsito, mortes violentas e aumento de automutilação.

Um dado interessante da pesquisa é a frequência semanal de consumo de álcool em diferentes faixas etárias, com resposta mais frequente de “1 a 2 dias por semana”. Os dados mostram que o percentual de jovens de 25 a 34 anos que “quase nunca” consomem álcool é maior (44,2%) e supera a taxa de consumo de 1 a 2 dias (41,7%). Além disso, os adultos com mais de 35 anos bebem mais do que esses jovens. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa na categoria “quase nunca” é de 36,1%, enquanto o consumo de 1 a 2 dias é de 46,2%. O consumo excessivo, entre 4 dias ou mais, é maior entre os grupos com mais de 45 anos. 

Em contrapartida, a quantidade de doses é maior entre os jovens do que os adultos. Nas faixas etárias até 44 anos, a resposta mais frequente foi “3 a 4 doses”, enquanto, nas faixas etárias mais velhas, foi “2 doses ou menos”.