Atividade minerária volta a ser pauta na ALMG

Desta vez, atingidos de São Joaquim de Bicas, Brumadinho, Ouro Preto, Mariana, Conceição do Mato Dentro e comunidades do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas participaram de audiência pública

Atividade minerária volta  a ser pauta na ALMG
Foto: Henrique Chendes/ALMG

Na última terça-feira, dia 20, moradores atingidos pelas atividades minerárias em Minas Gerais se reuniram na audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião foi requerida pelos parlamentares Leninha, Doutor Jean Freire e Leleco Pimentel, todos do PT.

Desta vez, as denúncias vieram dos atingidos dos municípios de São Joaquim de Bicas, Brumadinho, Ouro Preto, Mariana, Conceição do Mato Dentro (todos na Região Central) e comunidades do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas. 

O descaso com a saúde da população atingida e o convívio diário com ameaças e agressões são as principais reclamações. Durante a reunião, os moradores e representantes das comunidades relataram o aumento de doenças de pele e respiratórias após a entrada das mineradoras nos territórios atingidos, além das consequências, como problemas psicológicos. Outro ponto levantamento foi a atitude das empresas frente as denúncias e reclamações.

“A Vale quando não te compra, ela te persegue”. A frase é de Cláudia Saraiva, liderança da comunidade de Ponte das Almorreimas, em Brumadinho. Ela conta que teve sua casa desapropriada para construção de uma estação de captação de água após o rompimento. “Fui perseguida por denunciar tudo o que a Vale fazia de injustiças”, afirmou.

No encerramento da reunião, o deputado Leleco Pimentel afirmou que, entre os requerimentos da comissão a serem encaminhados, está o que vai requisitar proteção a todos os presentes à audiência em função das denúncias relatadas.